sábado, 28 de novembro de 2009


Fobia Escolar

A fobia escolar é caracterizada quando a criança falta à escola com queixas de sintomas vagos. A criança com medo de ir à escola pode também ter medo de sair de casa. A independência de uma criança começa quando ela vai à escola. Atualmente, a criança frequenta a escolinha ou creches com tenra idade. A separação dos pais, principalmente da mãe, pode ser muito penosa para ela. Geralmente, esta mãe é orientada para que fique com a criança na escola nos primeiros dias, até que a criança se acostume com sua nova rotina. Aos poucos, a menina ou o menino se adaptam e começam a gostar do novo ambiente. Interagem com os novos coleguinhas e os professores. O medo de ir à escola pode ser causado por vários fatores: uma professora nova e exigente, dificuldades numa determinada matéria, timidez, dificuldade de relacionamento com os coleguinhas, um colega de temperamento difícil. Como deve agir a mãe de um filho com fobia escolar? Conversar com ele, amenizar sua ansiedade dizendo que fará o possível para que os problemas na escola sejam solucionados. Estimular a criança a frequentar as aulas. Comunicar à escola, a dificuldade da criança. O professor e o psicólogo escolar ajudarão a criança e os pais a enfrentar o problema. Se ela tiver qualquer queixa vaga de sintoma físico poderá ser orientada a descansar um pouco na própria escola e ser observada. Sempre deve ser estimulada a ficar na escola. O acompanhamento dos professores e terapeuta escolar será muito importante para a criança. A melhor solução para fobia escolar é ir diariamente à escola. Se você não exigir que a criança vá à escola diariamente, as queixas de mal estar físico vão aumentar. Pais muito rígidos ou protetores demais podem desenvolver na criança a ansiedade de separação. Na escola, sentem saudade dos pais. Não interagem com os amiguinhos. Fazer amizade com crianças da mesma idade desenvolve a independência e pode amenizar a timidez. Os pais de Maria Lúcia insistiam sempre para que a criança não faltasse às aulas. Com muita conversa e bate papo e a ajuda do psicóloga escolar, o problema foi resolvido em 15 dias. A colega agressiva era apenas parte do problema. Maria Lúcia era um criança muito insegura e tímida. Precisou de orientação psicológica da terapeuta escolar durante algum tempo. Jessica foi levada ao médico pelos pais e afastada a suspeita de doença física. O mal estar era causado pela separação dos pais. A menina era filha única. Através da ludoterapia, Jessica superou o medo da perda dos pais( ansiedade de separação) e voltou a frequentar à escola. Os pais de Luisinho comunicaram à professora os temores do menino. Aos poucos, com muita firmeza dos pais, o menino voltou às aulas. A professora estava sendo muito rigorosa nos ensaios do coral o que ocasionou parte do problema de fobia escolar na criança. Ana precisou de tratamento psicológico durante alguns meses. Com a psicoterapia, tratou as causas profundas da sua fobia escolar: timidez, início de depressão e pais muito protetores. Os pais eram espíritas e ela também foi submetida a passes semanais numa casa espírita. As queixas de mal estar e visões desapareceram aos poucos. Recomendações aos pais da criança com fobia escolar: - Converse com seu filho sobre o medo de ir à escola. - Insista para que vá à escola. Os temores enfrentados tendem a desaparecer. Insista com firmeza e não com agressividade e ameaças de castigos ou punições. O comportamento muito rígido dos pais diante da fobia escolar poderá aumentar a insegurança da criança. - Se você insistir para que a criança vá à escola diariamente, a fobia escolar melhorará em torno de uma a duas semanas . - Comunique à escola o problema da criança. - Quanto mais tempo a criança ficar em casa, mas difícil será voltar à escola. Observações importantes: - Procure ajuda médica o quanto antes, se perceber que a causa dos sintomas pode ser mais física do que emocional. - Não deixe que seu filho vá à escola com febre alta, dores fortes, tosses frequentes. Observe a criança e a leve ao médico no primeiro dia que ela ficar em casa. - Procure ajuda psicológica se a fobia escolar voltar a apresentar-se depois de uma melhora. - Quando observar na criança, além da fobia escolar, alguns distúrbios de comportamento como: depressão, desânimo, tristeza permanente, outros temores, procure ajuda profissional o quanto antes. - Se os pais tiverem qualquer dúvida em relação à fobia escolar do seu filho, procure ajuda profissional o quanto antes e comunique imediatamente à escola.


Agressividade

Pais ausentes:

A falta de relação afetivo/corporal entre pais e filhos é o primeiro passo para o estabelecimento de um comportamento agressivo.
Pais distantes que tem pouco ou nenhum contato afetuoso, podem desenvolver em seus filhos uma relação de afastamento com a figura de "PODER" gerando em seus filhos uma relação AMOR/ÓDIO muito forte.
Esta relação AMOR/ÓDIO é um dos principais "FATORES" da agressividade.
O amor geralmente é dirigido a "OBJETOS", ou melhor, na "POSSE" material, e o "ÓDIO" à quem "TEM" (materialmente ou hierarquicamente).
"TER"significa "PODER".
"SER" é secundário, pois "SOU" na medida que "TENHO".
Quanto mais "TENHO" mais "EXISTO".
Acontece que na maioria dos casos estas crianças, por falhas em sua formação tem dificuldades em investir "DE SI" para "OBTER ou "ATINGIR" algum objetivo.
Assim podem partir para comportamentos "SOCIOPÁTICOS" na vida adolescente e/ou adulta.
É uma porta para o uso de "DROGAS" ( criar um mundo artificial), para os comportamentos de "TIRAR DOS OUTROS AQUILO QUE DESEJA" ( furtar, roubar,etc.), para a necessidade do "USO DE ARMAS" (sentir-se mais forte, mais poderoso, etc.).
"Tiro do mundo aquilo que me foi negado!
"Tudo que é contrário a meus interêsses ou minha ideologia tem que ser lesado pois esta errado"!
"Tudo que é contra ou interfere em meus desejos eu destruo."

O inverso:

Pais superprotetores:

Pais extremamente presentes que superprotegem e inibem a liberdade de expressão dos filhos podem gerar a "IDÉIA" de que eles são "INATINGÍVEIS", são o "CENTRO DO MUNDO". Este "EGOCENTRISMO" gera quase sempre um comportamento agressivo contra as figuras hierarquicamente superiores, pois é dificil seguir ou obedecer regulamentos.
Eles "ME IMPEDEM OU DIFICULTAM" fazer "O QUE QUERO, DA FORMA QUE QUERO, NA HORA QUE QUERO"!
"Tudo que é contrário a meus interêsses ou minha ideologia tem que ser afastado pois está errado"!

Outra forma:

Pais agressivos:

Pais que usam o bater como "FORMA PEDAGÓGICA" ou que agridem para impôr "RESPEITO", podem estar gerando uma repetição "AMPLIADA"deste comportamento nos filhos.
"Aquilo que quero consigo sempre, nem que for preciso usar da minha força, da agressividade, ou de qualquer outra forma que consiga me impor"! "Tudo que é contrário a meus interêsses ou minha ideologia tem que ser destruido pois está errado"!

O período de Socialização
( os primeiros anos da vida escolar)

Estes 3 casos podem ser vistos no período de socialização muito claramente:
-Crianças extremamente "COMPORTADAS" podem só estar acumulando "ÓDIO" por não conseguir vencer suas barreiras e se "EXPRESSAR".
-Crianças extremamente "DESCOMPORTADAS" podem já estar expressando suas dificuldades de seguir ou obedecer "NORMAS".
-Crianças com extrema "DIFICULDADE" em aprender ou se concentrar podem já estar expressando sua "REBELDIA".
-Crianças que não conseguem "DIVIDIR OU COMPARTILHAR" brinquedos podem já estar expressando sua necessidade de "POSSE".
-Crianças com "DIFICULDADES" ou "AGRESSIVAS" na participação de brincadeiras em grupo podem já estar expressando sua falta de aceitação às "NORMAS".

O pré-adolescente ou o adolescente:


Que procura "GRUPOS COM IDÉIAS" contrárias às normas,
procura para impor as suas.
Que pocura "GANGS" com comportamento agressivo,
procura para se sentir mais forte.
Que procura "GRUPO QUE USA DROGAS",
procura porque não precisa dar nada de si nem é exigido em nada.
Que procura usar "ARMAS",
procura para ter "Poder".
Que usa o "CARRO" para correr e mostrar sua habilidade na velocidade,
o faz para estar "Além" das normas.
Que usa o carro como uma "EXPRESSÃO DE PODER", desrespeitando normas como:
"farol vermelho, faixa de pedestres, estacionamento irregular, não admitindo que ninguém o ultrapasse, querendo levar sempre vantagem".
Está mostrando claramente sua fragilidade emocional manifesta na agressividade e é um forte candidato a "Ser um adulto Agressivo".

Como evitar ou corrigir?

Procure ser mais afetuoso com seus filhos.
Não economize afeto nem contato corporal. A criança precisa ser "alimentada afetivamente" para depois ter afeto para dar.
Não use ameaças e/ou castigos corporais em excesso pois a criança pode se acostumar e achar que é uma forma correta de expressão.
Não dê "ARMAS DE BRINQUEDO" pois a criança pode "gostar do suposto poder" que a arma tráz.
Não superproteja seus filhos.
Permita que eles experimentem e aprendam pelo próprio esforço (nem que eles falhem ou errem).
Falhar é bom para aprender a enfrentar desafios.
Não estimulem a relação de posse.
Incetivem a criança a dividir seus brinquedos na brincadeira.
Não isolem seus filhos.
Incentivem a participação de atividades de grupo pois faciltará na vida adulta o convívio social.
PERMITA-SE admitir estar errado, quando falhar na presença de seus filhos.
Eles precisam de "PAIS HUMANOS" e saber que "ERRAR É HUMANO".
Não se mostre ONIPOTENTE na presença dos filhos.
Eles precisam de pais ao alcance deles não de ídolos distantes!
Permita-se dizer "NÃO SEI" em vez de dizer "agora não tenho tempo ou não posso ou pergunte para ...!
Com certeza eles ficarão mais felizes por ter um pai ao alcance de seu conhecimento, "um pai presente".
Não desrepeite "NORMAS" na presença de seus filhos, pois eles vão aprimorar os erros vistos nos pais.
No trânsito faça um esforço, siga as normas.( pelo menos na presença deles)
Assim ainda chegaremos a um trânsito mais educado e com menos acidentes.
Participe mais da vida de seus filhos.
Assim não correrá riscos de surpresas pois as expectativas deles serão de seu conhecimento e terão sua participação.


terça-feira, 24 de novembro de 2009


Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar do humor na infância e na adolescência é uma condição grave, que afeta seus relacionamentos familiares e sociais de uma forma geral e há prejuízo acentuado do rendimento escolar. Apresenta como característica principal a alteração do humor que pode apresentar-se exaltado ou irritável e essa mudança súbita de humor comumente produz ataques prolongados de raiva ou agressividade, chamado também de tempestades comportamentais.

As tempestades comportamentais estão associadas com irritabilidade, ataques de fúria, impulsividade, dificuldade nos relacionamentos e brigas com colegas, familiares e esse temperamento agressivo causa piora dos sintomas opositivos e desafiadores comumente presentes em crianças e adolescentes.

Na escola é observado piora no desempenho escolar, acompanhado de grande dificuldade de concentração, hiperatividade, agressividade, labilidade afetiva, auto-estima aumentada, hipersexualidade, com presença de piadas de caráter sexual ou desejos de realização do ato ocorrendo com grande inadequação na maneira de agir e pensar. Outros sintomas freqüentes incluem euforia, pressão para falar, agitação psicomotora, pensamentos rápidos com relatos de que não conseguem fazer nada devido pensamentos que não param de “correr em suas mentes”, conflito de idéias, insônia, envolvimento excessivo em atividades prazerosas que apresentam potencial elevado de conseqüências negativas, afeto inapropriado e excitabilidade.

Pensamentos mágicos com idéias de grandeza, riqueza, poder e a utilização vestimentas coloridas e exóticas podem estar presentes. Nas adolescentes pode ser observado o excesso na maquiagem e uso de roupas excessivamente coloridas e extravagantes.


Dislexia

O maior erro que se pode fazer com os disléxicos é querer que eles escrevam como todo mundo.

Dislexia Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica.



Sinais de Alerta:


Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança.

A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se não houver passado pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Haverá sempre: dificuldades com a linguagem e escrita ; dificuldades em escrever; dificuldades com a ortografia; lentidão na aprendizagem da leitura;

Haverá muitas vezes : disgrafia (letra feia); discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas; dificuldades para compreender textos escritos; dificuldades em aprender uma segunda língua.
Haverá às vezes: dificuldades com a linguagem falada; dificuldade com a percepção espacial; confusão entre direita e esquerda
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